sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Alunos da UnB criam veículo elétrico de coleta seletiva

Por Francisco Brasileiro, da UnB Agência - Energia limpa e reciclagem do lixo. Duas das principais demandas ambientais unem-se em um projeto de um veículo elétrico, desenvolvido por 23 alunos dos cursos de Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecatrônica, Serviço Social e Desenho Industrial. O grupo foi formado a partir de proposta feita por professores da disciplina Projeto Integrador, coordenada pela professora Dianne Magalhães. A ideia ganhou o edital do Programa de Extensão Universitária (ProExt) do Ministério da Educação deste ano e receberá uma verba de R$ 50 mil, a partir de 2011, para desenvolver o carro.
O veículo irá percorrer todo o campus Darcy Ribeiro e terá espaço para um tripulante. A previsão é que o carro comece a circular pela Universidade de Brasília em um ano e meio.“Nessa primeira etapa estamos coletando dados sobre as condições que o veículo terá que suportar ao andar pela UnB e quanto lixo terá que carregar”, explica Moisés Uchôa, aluno do 7º semestre de Engenharia Mecânica da UnB. A previsão é que o veículo possa carregar aproximadamente 500 quilos de lixo.”Isso não seria suficiente para atender toda a universidade, por isso o veículo teria que fazer mais de uma viagem por dia”.
A energia limpa é outro ponto forte do projeto. “O carro elétrico já será menos poluente. Queremos que, além disso, ele seja alimentado por energia solar”, conta Moisés. Os alunos ainda têm muitas etapas a vencer para ver o projeto sair do papel. “Ainda precisamos, por exemplo, dimensionar o tamanho das baterias para elas durarem o tempo que a gente quiser”.
A ideia é encaminhar o lixo coletado para um centro de triagem, que está em processo de discussão por grupo de trabalho do Núcleo de Agenda Ambiental da UnB, e reunirá catadores ligados ou não a cooperativas. “Soubemos da ideia do centro depois que a disciplina já tinha começado. A partir daí, entramos em contato com o Núcleo para trabalharmos em conjunto”, conta Gabriel Marques, formando em Engenharia Elétrica.
Os estudantes animam-se também com a possibilidade de ver seus estudos se concretizarem em um projeto com aplicação real. Eles recebem a orientação dos professores, mas têm liberdade para elaborar o projeto. “É muito bom, pois podemos aprender por conta própria. No resto do curso sentimos falta da parte prática”, conta Rodrigo Brasil, do 6º semestre de Engenharia Elétrica.

Fonte: Ambiente e Energia

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