sábado, 28 de agosto de 2010

Carta prega política para veículos elétricos

Os veículos elétricos pedem passagem. Em busca de mais espaço para esta alternativa limpa de transporte, o Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE) e a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) divulgam a Carta de Campinas – uma política para veículos elétricos no Brasil, como resultado final do 6º Seminário de Veículos Elétricos, que aconteceu em novembro, na cidade de Campinas (SP). No documento as entidades procuram sintetizar os principais aspectos levantados e analisados para conhecimento da sociedade brasileira.
O INEE e a ABVE, no documento, consideram fundamental evidenciar as vantagens e atuais impedimentos relacionados ao emprego desses veículos, de modo a motivar a ação dos órgãos governamentais, inclusive os de caráter regulatório, bem como a de outros setores, para promover a efetiva difusão do uso dos veículos elétricos. O 6º Seminário de Veículos Elétricos reuniu empresas de energia elétrica, montadoras de veículos, fabricantes de autopeças e componentes, bancos, empresas de consultoria, agências governamentais, universidades, entidades de pesquisa e usuários.

Para ter acesso à íntegra da carta, clique aqui.

Fonte: Ambiente e energia

UFRJ desenvolve ônibus movido a energia elétrica e a hidrogênio

O Brasil entra definitivamente na corrida por transportes coletivos sustentáveis e não poluentes com o desenvolvimento de um ônibus movido a energia elétrica e a hidrogênio a partir de tecnologia totalmente nacional. Até então, o país já havia desenvolvido um veículo similar, porém com tecnologia mista — brasileira e alemã. O ônibus, criado pelo Instituto Alberto Luís Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa em Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), será uma das opções de transporte na capital fluminense durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. O projeto conta com parceria da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).
O que diferencia o veículo de outros similares que já circulam em lugares como a Europa, por exemplo, é que suas pilhas a combustível podem ser abastecidas tanto com hidrogênio como por meio da rede elétrica comum. Além disso, o ônibus é equipado com um sistema capaz de transformar a energia liberada durante as freadas em eletricidade.
O sistema de recuperação de energia cinética é o mesmo utilizado nos carros da Fórmula1. A diferença é que, nessa modalidade do automobilismo, ele serve para aumentar a velocidade, enquanto, no ônibus, é utilizado para ampliar a eficiência energética e economizar combustível. “A energia elétrica convertida por esse sistema é lançada no motor, que acaba economizando o hidrogênio a bordo”, explica Paulo Emílio Valadão de Miranda, coordenador do Laboratório de Hidrogênio da Coppe. Por conta desse mecanismo de abastecimento, o coletivo não precisa ter uma pilha a combustível enorme nem consumir tanto hidrogênio para se deslocar.
Como resultado, o ônibus híbrido tem uma eficiência energética muito maior que a dos convencionais a diesel. Além disso, ele não emite poluentes. Segundo Miranda, o único resíduo lançado no ar pelo veículo é o vapor d’água, oriundo da reação eletroquímica da pilha a combustível, alimentada de hidrogênio e oxigênio proveniente do ambiente. “Parte desse vapor d’água é condensado e aproveitado no sistema de umidificação das pilhas a combustível”, esclarece o coordenador do laboratório. Outro destaque é a ausência de ruído. Por ter tração elétrica, o ônibus a hidrogênio não faz barulho nem dá solavancos no momento da partida, como os coletivos a diesel.
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Fonte: Correio Braziliense

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Super-Máquinas: Killacyle

A Killacycle é a mais rápida e mais potente moto movida a energia elétrica em todo o mundo. Aliás, ela é mais  veloz que qualquer automóvel elétrico feito para arrancadas. Isto porque ela tem mais de 500 cavalos de força que a impulsionam de 0 a 100 Km/h em menos de 1 segundo!!!
O seu segredo? As baterias.
Um poderoso Sistema A123 com células combustível de nano-fosfato a faz rasgar o asfalto a 280 km/h na pista de corrida dragster de apenas 400 metros.
Além disso, a moto é super silenciosa; tirando o som dos pneus e da corrente, o motor elétrico nem parece estar ligado. A Killacycle também é econômica: após cada arrancada, o custo de energia para recarregar as baterias é de somente 14 centavos.


Fonte: Electric Vehicle News

Super-Máquinas: Eliica

O Eliica (ou Electric Lithium - Ion Car) é um protótipo de automóvel movido a baterias elétricas, é um carro conceito projetado por uma equipe da Universidade de Keio em Tokyo, liderada pelo professor Hiroshi Shimizu. O carro que mede 5.1 metros (16.7 pés) e funciona com bateria de íon lítio, acelera de 0–100 km/h (60 mph) em quatro segundos. Em 2004, o Eliica alcançou uma velocidade de 370 km/h (230 mph) na pista da alta velocidade de Nardo na Itália. O objetivo da equipe é ultrapassar 400 km/h (250 mph), quebrando o recorde dos veículos de rua legais movidos à gasolina .
O Eliica pesa 2400 quilogramas (5291 libras), tem assentos para motorista e três passageiros. O carro tem quatro portas e um design futurista, projetado em forma aerodinâmica que foi testada em um túnel de vento. As portas dianteiras abrem para a frente e as portas traseiras abrem ascendente como as asas. O Eliica é muito eficiente, pois consome apenas 1/3 da energia que um veículo à gasolina consumiria para executar o mesmo desempenho. Dentro do chassi do carro contem 4 trilhas com 80 baterias. As baterias requerem atualmente aproximadamente 10 horas para recarregar de vazio à carga cheia, e podem ser facilmente carregadas na rede de energia residencial.
O carro tem oito rodas permitindo ficar mais perto do solo para melhor tração. Cada uma das rodas tem um motor elétrico de 60 quilowatts (80 cavalo-força), totalizando aproximadamente 480 quilowatts (640 cavalo-força). As oito rodas dão melhor aderência em todos os tipos de superfície de estrada. A direção é feita pelas quatro rodas dianteiras . Por usar motores elétricos, o Eliica tem uma aceleração livre de trancos por troca de marchas, que chega a aproximadamente 0.8 g. Cada roda contem um freio a disco e também um freio que emprega um sistema regenerativo que recupera a energia da frenagem para as baterias.



Alunos da UnB criam veículo elétrico de coleta seletiva

Por Francisco Brasileiro, da UnB Agência - Energia limpa e reciclagem do lixo. Duas das principais demandas ambientais unem-se em um projeto de um veículo elétrico, desenvolvido por 23 alunos dos cursos de Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecatrônica, Serviço Social e Desenho Industrial. O grupo foi formado a partir de proposta feita por professores da disciplina Projeto Integrador, coordenada pela professora Dianne Magalhães. A ideia ganhou o edital do Programa de Extensão Universitária (ProExt) do Ministério da Educação deste ano e receberá uma verba de R$ 50 mil, a partir de 2011, para desenvolver o carro.
O veículo irá percorrer todo o campus Darcy Ribeiro e terá espaço para um tripulante. A previsão é que o carro comece a circular pela Universidade de Brasília em um ano e meio.“Nessa primeira etapa estamos coletando dados sobre as condições que o veículo terá que suportar ao andar pela UnB e quanto lixo terá que carregar”, explica Moisés Uchôa, aluno do 7º semestre de Engenharia Mecânica da UnB. A previsão é que o veículo possa carregar aproximadamente 500 quilos de lixo.”Isso não seria suficiente para atender toda a universidade, por isso o veículo teria que fazer mais de uma viagem por dia”.
A energia limpa é outro ponto forte do projeto. “O carro elétrico já será menos poluente. Queremos que, além disso, ele seja alimentado por energia solar”, conta Moisés. Os alunos ainda têm muitas etapas a vencer para ver o projeto sair do papel. “Ainda precisamos, por exemplo, dimensionar o tamanho das baterias para elas durarem o tempo que a gente quiser”.
A ideia é encaminhar o lixo coletado para um centro de triagem, que está em processo de discussão por grupo de trabalho do Núcleo de Agenda Ambiental da UnB, e reunirá catadores ligados ou não a cooperativas. “Soubemos da ideia do centro depois que a disciplina já tinha começado. A partir daí, entramos em contato com o Núcleo para trabalharmos em conjunto”, conta Gabriel Marques, formando em Engenharia Elétrica.
Os estudantes animam-se também com a possibilidade de ver seus estudos se concretizarem em um projeto com aplicação real. Eles recebem a orientação dos professores, mas têm liberdade para elaborar o projeto. “É muito bom, pois podemos aprender por conta própria. No resto do curso sentimos falta da parte prática”, conta Rodrigo Brasil, do 6º semestre de Engenharia Elétrica.

Fonte: Ambiente e Energia

Por que o carro elétrico? Histórico e Vantagens


Os veículos, inicialmente, eram movidos a vapor, a eletricidade ou a gasolina. Em virtude do desenvolvimento da indústria do petróleo, os veículos movidos a gasolina dominaram o mercado.
Atualmente, em virtude da consciência ambiental sobre os malefícios causados ao meio ambiente, em conseqüência da queima do petróleo pelos veículos com motores de combustão interna, vem aumentando a cada dia a quantidade veículos elétricos em circulação.
A energia elétrica pode ser obtida sem prejudicar o meio ambiente. Energia hidrelétrica, energia solar e energia eólica são exemplos de obtenção de energia a baixo custo. A energia eólica e energia solar podem ser obtidas pelo próprio usuário do veículo elétrico em sua própria residência.
Portanto, podemos afirmar que o verdadeiro carro flex é o elétrico, pois, a sua fonte de energia, a eletricidade, pode ser obtida de diversas fontes. A expectativa é de que as novas formas de obtenção de energia elétrica aumentem nos próximos anos. Os carros elétricos são verdadeiramente independentes quando se fala de energia para alimentar o seu motor.
Além da preservação do meio ambiente e da consciência ambiental por parte da comunidade mundial, o carro elétrico apresenta uma série de vantagens, dentre elas, podemos citar:
  • Maior economia de dinheiro – você economiza até 80% do que você gasta hoje com álcool ou gasolina
  • Silêncio absoluto
  • Zero emissão de poluentes
  • Manutenção muito mais simples
  • Redução ou dispensa do pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA
O motor de combustão interna tem o rendimento muito baixo, cerca de menos de 50%, enquanto o motor elétrico tem o rendimento acima de 90%.
Além de todas as vantagens, o veículo elétrico é muito mais confiável, durável e com baixo custo de manutenção.

Fonte: Clube do carro elétrico

A importância do carro elétrico para o desenvolvimento sustentável


A perspectiva de esgotamento das jazidas de petróleo aliada ao aumento das temperaturas no planeta tem servido de estímulo às montadoras para que desenvolvam projetos para a criação de novas alternativas que contribuam ao desenvolvimento sustentável, o principal deles é o carro elétrico.
A tecnologia do carro elétrico, além de possuir baixa taxa de poluição, beneficia o consumidor, auxiliando a gastar menos com a alimentação do motor e manutenção do carro. Atualmente, existem no mercado automóveis movidos a combustão, automóveis híbridos (combustão/elétrico), dos quais já existem alguns em circulação, e os projetos com carros inteiramente elétricos.
Depois do lançamento de automóveis híbridos na Europa, em 2000, várias montadoras como Nissan e Fiat, passaram a considerar seriamente a possibilidade de lançar esses veículos e sua versão exclusivamente elétrica em importantes mercados como, por exemplo, o brasileiro.
Nilder Costa, engenheiro formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ufrj), relata no site “Alerta em rede”, que o carro elétrico trará consigo uma modificação radical na maneira de se produzir e consumir energia. “O carro elétrico também será um choque contra nossas atuais apostas. Ele não usa gasolina, diesel ou etanol. Portanto, a sua popularização acabará com o imenso prêmio que esses combustíveis líquidos têm sobre o carvão mineral, o óleo combustível e o gás natural.”
No Brasil, apesar de a crise mundial ter afetado a economia, é viável uma produção em larga escala de carros elétricos. Como conseqüência disso, o custo dos carros convencionais provavelmente cairia muito. Apesar da ausência de investimentos das montadoras brasileiras neste projeto, as concessionárias de energia sinalizam com a possibilidade de investir nele em conjunto com as empresas automobilísticas, o que certamente aceleraria o início de uma produção, que nos países mais avançadas é projetada para a metade da próxima década.

Fonte: Folha da Foca

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Carros elétricos darão volta ao mundo em corrida com emissão zero

Carros elétricos darão volta ao mundo em corrida com emissão zero
Por dia, cada carro precisa percorrer no mínimo 500 quilômetros. [Imagem: ZeroRace]
Um grupo de engenheiros dará início nesta segunda-feira a uma corrida de carros ao redor do mundo, todos movidos com veículos elétricos.
A energia consumida pelos carros ao longo do período será compensada com geração de eletricidade por fontes renováveis, fazendo com que a corrida tenha "emissão zero" de dióxido de carbono.
Os engenheiros correrão em quatro equipes diferentes, com chegada e partida na cidade suíça de Genebra.
Em 80 dias de corrida, eles planejam dar a volta ao mundo, passando por Berlim, Kiev, Moscou, Xangai, Los Angeles, Cidade do México, Lisboa e outras 150 cidades.
Ao longo do percurso de 30 mil quilômetros, os participantes vão promover coletivas de imprensa e eventos de conscientização sobre o meio ambiente.
Carro solar
O evento Zero Emissions Race foi idealizado pelo ambientalista e aventureiro suíço Louis Palmer, que em 2008 deu a volta ao mundo em um carro movido a energia solar. No projeto, batizado de SolarCar, Palmer percorreu 54 mil quilômetros durante 18 meses.
"Nós queremos mostrar que mobilidade elétrica e energias renováveis são uma solução para se ter uma vida ecologicamente equilibrada neste planeta", afirma Palmer.
Em novembro, os engenheiros passarão pela Cidade do México, onde será realizada uma conferência da ONU sobre mudanças climáticas.
Quatro equipes de países diferentes - Suíça, Coreia do Sul, Austrália e Alemanha - vão competir entre si.
Carros elétricos darão volta ao mundo em corrida com emissão zero
A corrida será vencida não por quem chegar antes, mas sim pela equipe que conseguir percorrer o caminho gastando menos energia. [Imagem: ZeroRace]
Cada uma desenvolveu um carro elétrico diferente. Os carros serão abastecidos com energia elétrica ao longo do caminho, em cada uma das paradas.
Compensação de emissões
Para reduzir as emissões a zero, cada equipe será responsável por gerar a mesma quantidade de energia elétrica consumida pelo veículo no seu próprio país usando apenas fontes renováveis, como energia solar, vento, ondas ou geotérmica. Essa energia é alimentada no sistema elétrico de cada um dos quatro países.
Um dos carros, o sul-coreano Yebbuyana, por exemplo, vai consumir 84,7 watts-hora por quilômetro. Para todo o percurso de 30 mil quilômetros, a equipe terá de gerar 2,54 megawatts-hora - que será produzido por painéis solares na região de Geon-nam, na Coreia do Sul.
Os carros, com capacidade para dois passageiros no mínimo, precisam ter capacidade de percorrer no mínimo 250 quilômetros a uma velocidade de 80 quilômetros por hora, antes de pararem para reabastecimento.
Por dia, cada carro precisa percorrer no mínimo 500 quilômetros.
A corrida será vencida não por quem chegar antes, mas sim pela equipe que conseguir percorrer o caminho gastando menos energia.

Fonte: Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/08/2010

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Lótus lança táxi movido a hidrogênio para Olimpíadas de 2012

Lótus lança táxi movido a hidrogênio para Olimpíadas de 2012


Londres poderá ter os seus primeiros táxis com emissão zero, movidos a hidrogênio, circulando durante os Jogos Olímpicos de 2012. [Imagem: Lotus Engineering]
Táxi a hidrogênio
Londres poderá ter os seus primeiros táxis com emissão zero, movidos a hidrogênio, circulando durante os Jogos Olímpicos de 2012.
Os táxis desenvolvidos pela Lotus, equipe britânica de Fórmula 1 e que também produz carros esporte, têm o chassis igual ao do atual Black Cab inglês e pesam as mesmas 2,6 toneladas.
Sua aceleração de 0 a 100 km/hora se dá em 15,5 segundos - lenta se comparada a maioria dos carros, mas sete segundos mais rápida do que um Black Cab comum. Sua velocidade máxima é de 128 km/h.
Visto de fora, ele parece um táxi comum, mas as rodas traseiras são movidas por dois motores elétricos movidos por uma bateria de polímero de lítio - apesar de não ser um carro elétrico no sentido convencional.
Híbrido elétrico-hidrogênio
A principal fonte de energia do carro são células de combustível que convertem energia de hidrogênio - armazenado em um tanque sob o capô do carro - em eletricidade.
Os motores elétricos podem ser movidos pelo sistema de células de combustível, ou por bateria, ou por uma combinação dos dois.
A bateria do carro é alimentada cada vez que o veículo é freado, tanto pelo excesso de eletricidade criado pelas células de combustível, como pela energia cinética capturada durante a frenagem e enviada para os motores elétricos.
Com as duas diferentes fontes de energia, o carro poderia ser considerado híbrido, apesar de que, normalmente, o termo veículo híbrido se refira a carros movidos a gasolina e eletricidade.
Carro com emissão zero
O objetivo do projeto é criar um carro com emissões zero. O táxi não tem cano de escapamento, porque só emite vapor d'água.
Mas isso não quer dizer que se trate de um carro ecológico, já que o processo de produção do hidrogênio - que quebra a água em moléculas de oxigênio e hidrogênio - é um processo que exige muita energia e normalmente é feito a partir do gás natural, um combustível considerado fóssil e não-renovável.
Quando o processo é feito com a ajuda de fontes de energia renováveis, como turbinas de vento, o carro é ecológico, mas na prática, o mais provável é que o hidrogênio seja produzido com o uso de combustíveis fósseis, como o gás.
Lótus lança táxi movido a hidrogênio para Olimpíadas de 2012
Por usar células a combustível e baterias, o carro pode ser considerado híbrido. [Imagem: Lotus Engineering]
"O Black Cab é uma boa ferramenta para demonstrarmos a tecnologia", afirma Ashley Kells, diretor do programa da Intelligent Energy, a empresa que desenvolveu o sistema de células de combustível do veículo. "Enquanto você abastecer as células de energia, elas continuarão garantindo a energia do carro."
Ferramenta de marketing
No caso dos táxis londrinos, eles serão abastecidos com hidrogênio gasoso, e o tanque pode ser cheio em cinco minutos.
Segundo a empresa, um tanque cheio de hidrogênio daria ao veículo a mesma autonomia que um tanque de gasolina, entre 250 km e 400 km - uma informação altamente questionável, já que nenhum outro experimento sequer se aproxima disso.
Apenas alguns táxis movidos a hidrogênio serão lançados para os Jogos Olímpicos de 2012. Até lá, deverá haver seis postos de abastecimento de hidrogênio na cidade e pelo menos cinco ônibus movidos a hidrogênio em circulação.
Na verdade parece ser mais de uma ferramenta de marketing, o que é negado por Kells, que afirma que o projeto oferece uma "uma solução tangível, real para 2020".
Para os engenheiros da Lotus, acostumados a trabalhar com carros de estrutura bem mais leve, este é apenas o começo. Eles esperam conseguir que o projeto avance para que sejam desenvolvidos táxis mais leves e eficientes no futuro.

Com informações da BBC - 04/08/2010

domingo, 1 de agosto de 2010

Mistura de hidrogênio à gasolina melhora desempenho de carro

Professor da Agronomia conseguiu aumentar de 11 para 20 quilômetros por litro o desempenho de seu carro com um equipamento desenvolvido e instalado por ele: um gerador eletrolítico de hidrogênio
Ana Lúcia Moura - Da Secretaria de Comunicação da UnB

Luiz Filipe Barcelos/UnB Agência
Com hidrogênio Oliveira passou a economizar gasolina
Um Fiat Strada 2007 sai da 214 Norte em direção ao Balão do Torto. A uma velocidade de 80 quilômetros por hora, segue pelo Eixão até o Balão do Aeroporto. De lá, repete o trajeto antes de voltar à 214 Norte. Quem dirige o carro é o professor Sebastião Alberto de Oliveira, do Departamento de Agronomia da Universidade de Brasília.
Ao parar o automóvel, ele saca do bolso papel e caneta e calcula o resultado: 20,9 quilômetros por litro de combustível. Comemora. O resultado é o melhor obtido desde que instalou no carro uma máquina montada por ele: um gerador eletrolítico de hidrogênio. O equipamento melhora a potência do motor, diminui o consumo de combustível e gera menos poluição. Sem ele, o gasto com gasolina pelo carro de Sebastião é de 1 litro para cada 11 quilômetros rodados.
A invenção não é exclusiva do professor. Pesquisadores da UnB e de outras universidades têm trabalhado em projetos de utilização do hidrogênio associado a outros combustíveis, mas o resultado alcançado por Sebastião surpreendeu outros pesquisadores da UnB. “É um resultado excelente”, afirma o professor Rafael Morgado, do curso de Engenharia da Faculdade UnB Gama, que trabalha há um ano em um projeto semelhante, mas ainda não testado em veículos.
COMO FUNCIONA - A máquina de Sebastião é composta basicamente por dois recipientes. Um deles, de vidro, contém água com sal. O outro, contém 17 placas de aço inox dispostas paralelamente e fica conectado à bateria do carro. A solução de água com sal sai por uma mangueira até chegar ao recipiente com as placas, onde é aquecido pela energia da bateria. A temperatura, que é de quase 100 graus Celsius, quebra as moléculas de hidrogênio contidas na solução e forma o gás hidrogênio, que segue para o motor do carro por outra mangueira. No motor, o gás se mistura ao combustível, que pode ser gasolina, álcool ou diesel. (veja ilustração abaixo).
Marcelo Jatobá/UnB Agência
Segundo Sebastião, a economia é causada por três motivos. O primeiro é que o hidrogênio é muito mais energético que a gasolina. Segundo, a expansão da água gerada também ocasiona aumento de potência do motor. Além disso, a água em alta temperatura causa limpeza das válvulas, velas, bicos, injetores, câmaras de combustão, que vão afetar o rendimento do carro. “É provável que, desses fatores, a limpeza da câmara de combustão seja o principal responsável pelo rendimento do motor”, acredita.
INFLAMÁVEL - O professor Rafael Morgado explica que o hidrogênio nessas experiências funciona como um catalisador. Em parceria com o professor Carlos Alberto Gurgel, da Engenharia Mecânica, ele está desenvolvendo um experimento parecido com o de Sebastião, mas estuda maneiras de controlar a saída do hidrogênio para tornar mais eficiente o resultado no carro, além de garantir mais segurança. “O hidrogênio é extremamente inflamável, por isso o controle é importante”, explica. Até o final do ano, ele vai instalar em seu Opala 1976 o gerador eletrolítico que está desenvolvendo.
Os equipamentos de Sebastião e Rafael podem ser utilizados em carros a gasolina, álcool ou diesel, mas nem todos têm espaço no motor para alojar a máquina. “A invenção não é novidade. O problema é a aplicabilidade e otimização do sistema em função dos tipos de carros”, explica. Ele explica também que o rendimento depende da velocidade, da amperagem e da concentração de hidrogênio. Mas o professor Carlos Alberto Gurgel alerta para os cuidados que o experimento exige. “O manuseio do hidrogênio exige conhecimento científico e experiência. Em meu laboratório, por exemplo, já houve duas explosões”, revela.
SUCATAS - Além de reduzir o consumo de gasolina e ser menos poluente, o gerador eletrolítico ainda é produzido a partir de sucatas. As placas, por exemplo, são sobras das lojas que vendem esse produto. O professor junta os restos e o técnico Edílson dos Santos Pereira, responsável pela oficina mecânica do Instituto de Física, corta no formato necessário em suas horas vagas. “Sem a ajuda dele, teria sido muito difícil executar o trabalho”, elogia.
A construção do gerador de hidrogênio nasceu da insistência do professor em desenvolver maneiras de tornar seu próprio carro mais econômico. A cada 15 dias ele vai ao sul de Tocantins, onde tem uma fazenda e o consumo de gasolina pesava no bolso. Foi quando começou as pesquisas, em novembro de 2008.
Até chegar ao modelo atual de gerador de hidrogênio, ele testou vários outros. O primeiro era feito por dois tubos, um dentro do outro, mergulhados na solução de água com sal. “Fui observando os problemas e aprimorando o projeto”, conta. O professor continua experimentando alternativas que possam melhorar o resultado no carro, como aumentar o número de furos nas placas de aço inox.
Todos os textos e fotos podem ser utilizados e reproduzidos desde que a fonte seja citada. Textos: UnB Agência. Fotos: nome do fotógrafo/UnB Agência.